A polêmica
da semana são as gravações acerca das sessões de tortura praticadas pelos “militares”,
durante a Ditadura. Coloco “militares”, entre aspas por entender que são psicopatas
de uniforme, que denigrem as Forças Armadas e, encobertos por uma legislação
falha e amedrontada, praticam suas obscenidades. Militares que honram seu
juramento não se metem em agressões a pessoas algemadas ou amarradas ao Pau de
Arara. Os relatos são os mais chocantes, de choques elétricos em mulheres grávidas
em sua genital, até sevicias sexuais e espancamentos escabrosos. E tudo isso,
não bastassem os áudios, corroborados por testemunhos de quem viu acontecer. Em
um período do mês em que se comemora o ato heróico de um torturado e
martirizado pela brutalidade colonial, pela liberdade e a justiça social,
Tiradentes, essas denuncias não podem passar em branco.
O estado
maior das FA se cala e, fora alguns graduados que reconhecem e execram tais
atos, faz de conta de que não é com eles... É com eles sim e mais, não pode
passar em branco e ser varrido para debaixo do tapete, pois a existência dessas
corporações se deve a proteger e trazer segurança há toda uma nação, então
quando eles se igualam àqueles que dizem combater e estão de alguma forma e no
entender deles próprios, na ilegalidade agindo como animais têm que serem
julgados e enfrentarem penalidades para que não aconteça de novo.
O soldado
absoluto é àquele que honra sua farda, protege seu país, não tortura seus concidadãos
e dá sua vida pela sua Pátria.