GCM de Embu
espanca homem no chão, PRF de Sergipe mata outro asfixiado em viatura e
Presidente minimiza dizendo que “os fatos serão apurados” e “ justiça será feita
sem exageros”. Isso nos últimos dias, fora o fato de termos cenas do mesmo
calibre cotidianamente exposta nos telejornais e redes sociais. Shakespeare
diria que “há alguma coisa de muito errada na segurança do reino da Terra
Brasilis”.
As forças policiais são uma necessidade, pois o homem ainda capenga quando se
trata dos direitos do “outro”. A premissa é de “Protegerem e Servirem”. O que
estamos presenciando, no entanto, nos remete as imagens daqueles filmes
futuristas de planeta arrasado, no qual uma minoria abastada se esconde de uma
massa de famintos e miseráveis as custas de forças militarizadas e armadas até
os dentes. Será que essas películas são profecias de um mundo por vir... Oremos
para que não. Seja como for e secundada por um governo de inspiração militar é
o que estamos presenciando sentados em nossas poltronas ou à mesa com a família
fazendo nossas refeições. Isso até que essa situação deixe de atingir apenas o “outro”
e comece a bater em nossa porta.
O grande
perigo de se acostumar com cenas como essas e a de ficarmos anestesiados e
achando que essa é uma situação normal, ou seja, a de banalizarmos a violência daqueles
que deveriam “Proteger e Servir” e fazer valer a lei e não serem vingadores de
um sistema que se afoga no próprio sangue e já não oferece uma resposta que
preencha a falta de perspectivas de um futuro promissor para a raça humana. Mas
vamos continuar acreditando que esse amanhã é possível.