Donald Trump
será o próximo presidente Estadunidense. Com uma política xenofóbica, voltada
para dentro, aos 78 anos, Trump retorna a casa Branca com uma agenda que é a
mesma quando de seu primeiro mandato, EUA em primeiro lugar, combate aos
imigrantes, que não terão vida fácil, com toda certeza, volta da construção do
muro entre Estados Unidos e México e uma política externa menos
intervencionista, o que significa uma boa noticia para Vladimir Putim e
Nethanyahu. Por outro lado, internamente promete reduzir a carga tributaria e
aumentar a produção de energia, má noticia para os ambientalistas porque Trump
aposta nos combustíveis fósseis para que isso aconteça. Promete também criar um
sistema de tarifas de 10 a 20 por cento sobre importações, sendo que com
relação à China essas tarifas chegariam a 60%, além de outras sanções.
Temas sensíveis
como o aborto voltam a pauta e leis que aumentaram o direito das mulheres em
relação ao tema recuam e a agenda passa a ser mais conservadora. Trump também
disse que sua meta é evitar uma possível 3ª Guerra Mundial e restaurar a paz na
Europa e Oriente médio, a que custo, ainda é uma incógnita. O fato que é bom
Zelensky colocar as barbas de molho, pois pode piorar e muito para ele e os ucranianos,
assim como a causa palestina que não deve ter muita atenção por parte do
governo Trump.
Em relação
ao Brasil, pelas distancias ideológicas que separam o próximo Presidente de
Lula e seu governo, as relações Brasil x EUA, devem esfriar um pouco mas não
necessariamente terá um impacto imediato entre os dois países, aliados
históricos, a conferir. A eleição de Trump, no entanto, é uma boa noticia para Bolsonaro e seus aliados que passam a ver mais
próxima uma possível vitória futura de Jair Bolsonaro a Presidência em 2026, se
os impedimentos hoje vigentes sobre uma possível candidatura de Bolsonaro,
vierem a baixo, coisa mais do que provável, como vimos nos EUA.
Por fim a
vitória de Donald Trump mostra claramente que o pendulo da história esta
tendendo claramente para as ideias mais conservadoras e dentro do espectro político
vigente, direitista. Se as práticas democráticas estarão ou não em risco,
saberemos em futuro próximo, seja como for é a vontade popular e deve ser
respeitada.
Apenas uma
história para ilustrar: Quando o profeta Samuel consultou ao senhor, Deus de
Israel, sobre a vontade de seu povo de eles terem um rei, pois naquela época Israel era governado por Juízes, e ele pessoalmente era contra o estabelecimento
de uma monarquia que lhes tiraria a liberdade conquistada, o Senhor disse a
ele, faça a vontade deles, e unja um rei, ao que Samuel ungiu Saul...
Enfim, que
seja feita a vontade do povo.