1918 e 2021, control V, control C. Mais em 2022, como em 1919, a festa de Momo vai bombar...
“Feito uma máquina do tempo e um espelho
sobre as semelhanças entre a pandemia passada e a atual, a edição de 15 de
outubro de 1918 do jornal Gazeta de Notícias oferece a dimensão do impacto da
chamada Gripe Espanhola sobre o Brasil, especialmente sobre o Rio de Janeiro:
“O Rio é um vasto hospital!”, diz a manchete principal. Abaixo, o jornal
detalha de forma ainda mais dura (e tragicamente semelhante com o cenário do
atual coronavírus) a gravidade do quadro de então: “a desídia do
governo”, diz uma das matérias; “Não há médicos, não há remédios”, afirma
outra, enquanto uma terceira resume o sentimento geral em um só grito:
“Socorro!”. O Rio de Janeiro viu 15 mil de seus cidadãos serem mortos pela
gripe em 1918, e no início do ano seguinte, quando o vírus já havia reduzido
sua força, o intervalo para chorar os mortos foi também para a chegada da festa
– e, conforme conta reportagem da Folha de São Paulo, quem viveu garante que
o carnaval de
1919 foi o maior de todos os tempos.”
O trecho acima, extraído do site
hypness.com.br, https://www.hypeness.com.br/2020/05/como-o-rio-de-janeiro-fez-um-dos-maiores-carnavais-da-historia-apos-a-gripe-espanhola,
dá a dimensão do que foi a grave crise de saúde que assolou a capital carioca e
todo o Brasil, nos idos daquele inicio de século. Qualquer semelhança com a
realidade que vivemos hoje, não é mera coincidência. Como naquela época, nos
vemos as voltas com um vírus desconhecido e letal e como em 1918, esse ano a
festa de momo foi cancelada. No entanto no ano seguinte 1919, a festa foi
dobrada e a alegria, apesar da doença ainda não estar totalmente sobre
controle, inundou as ruas e avenidas de todo país.
Nesse 2021 estamos passando por um período
de superação. Temos ao nosso lado os avanços tecnológicos que possibilitou uma
vacina em tempo recorde contra esse inimigo invisível que se oculta em nossas células
e infesta organismos levando a morte ou quando não deixando sequelas em muitos
dos que os contraem. Como no século passado, esse ano não terá Carnaval, mas em
2022, tenho certeza, a alegria e a festa, como em 1919, será muito mais
contagiante do que esse tal Sarscov-2, pois no Brasil, carnaval é coisa séria.
Então borá comemorar em casa e com
familiares, sem aglomerações para que o ano que vem nos encontremos nas praças,
ruas e avenidas desse imenso Brasil, pois, como diria Castro Alves, a praça é
do povo como o céu é do condor... Sem tristeza e com muita alegria!
