O ódio nosso de cada dia, de autoria do professor e doutor em História
Social (USP, 1994) Leandro Karnal (1963), tem por objeto de estudo, assim como
sugere o título, as expressões de ódio multiformes no Brasil.
Diz em certa altura do
livro que se passamos, com nossa família, em frente a uma arvora toda flórida,
podemos até fazer uma breve observação e seguimos em frente. Porém se passamos
ao lado de um acidente grave, diminuímos para olharmos melhor e até paramos...
Natureza humana ou uma educação mórbida que incuti ódio e desavenças em um
sistema social que prima pela concorrência à aniquilação do outro em beneficio
próprio a qualquer custo.
Essa semana um homem,
talvez já com antecedentes de distúrbios mentais, montou bombas em Brasília,
DF, e se explodiu com elas, em um atentado digno dos suicidas de grupos
extremistas muçulmanos. Em suas redes sociais ele já expressava suas intenções
por entender que o sistema é injusto e alimentar um ódio ferrenho a todos que
de alguma forma fazem parte ou compõem com ele. Temos visto esses discursos por
todo canto, por vezes atém em famílias laços são desfeitos e o ódio impera, destrói
e mata como vimos com essa pessoa, militante de uma causa e que por ela estava
disposto a matar e ser morto simplesmente por ter aversão intensa a todos e
tudo que remetia a idéias com as quais ele não concordava.
A sociedade tem que se
atentar para que geração estamos criando. Qual o exemplo que estamos dando,
para que atos como esse não venham a se repetir.