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Segurança em risco

Publicada em: 04/12/2024 11:17 - Personalidades

“A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que altera o Estatuto do Desarmamento para autorizar o porte de arma para agentes de trânsito, desde que cumpram requisitos de formação e controle previstos pela legislação. O porte de arma será permitido em serviço e fora dele.

A proposta aprovada institui normas gerais para os agentes de trânsito. Além de definir regras para ingresso na carreira – como nacionalidade brasileira e diploma de nível superior –, o texto aprovado reconhece a atividade de agente de trânsito como de natureza policial, nos termos da Constituição.

Os agentes de trânsito deverão ser servidores públicos com carreira específica e ingresso por concurso, exercendo funções ligadas à fiscalização e à educação no trânsito e à promoção da segurança viária.

O texto seguirá direto para o Senado, a menos que haja recurso para análise no Plenário”.

Assim está noticiado no portal da Câmara dos Deputados. Mas diante de uma força policial que atira a queima roupa em um estudante de medicina, que joga uma pessoa de cima de uma ponte, que fuzila um suspeito com 11 tiros de pistola e coadjuva para o assassinato de uma testemunha no aeroporto mais importante da maior cidade do país, o que dizer de uma proposta que vai criar outra força policial e armar mais profissionais que já atuam em uma zona sensível, como é o transito em nossas cidades.

Os fatos citados acima aconteceram em São Paulo, mas por todo país vemos que nossos agentes de segurança estão mal preparados e sob o stress de sistema que polariza a política e outros segmentos da sociedade. Na Bahia, por exemplo, Um adolescente de 17 anos foi morto a tiros no bairro de Ondina, em Salvador, na ocasião, um jovem de 19 anos também foi atingido pelos disparos e ficou ferido. O crime, que foi filmado por uma pessoa que estava na região, foi cometido por um policial militar, ou seja, aqueles que deveriam levar segurança a população estão agindo diametralmente em sentido oposto, cometendo crimes e submetendo a população à aflição de não saber se temem mais nossas forças de segurança ou  a criminalidade, faz coro a essa situação outro fato registrado de agentes da segurança do metro de SP que mataram a pancadas um cidadão na frente de usuários e nem avisaram a família. Os vikings eram mais humanos, pois matavam com honra, se é que se pode tirar uma vida com alguma honra, enfim, armar funcionários públicos para coibir crimes é um incentivo a mais praticas criminosas, mais a possibilidade de que mais vidas sejam ceifadas de forma violenta. Àqueles que estão promovendo, sabe-se lá a quais interesses atendem, deveriam se preocupar mais em aparelhar melhor nosso sistema prisional, atualizarem nossas leis e terem um olhar mais atento a vida e a segurança, pois o que estamos vivendo é um estado de insegurança.

 

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